"Ataque Eminente"

Como já foi dito o SOL/PA António Ramos, para além dos serviços de vigilância e segurança que efectuava, era também o ordenança do Comandante da Base.

Como ordenança tinha de fazer os recados ao Sr. Comandante e tratar do seu Gabinete, que é como quem diz, efectuar a faxina, ou seja, a limpeza.

Certo dia, enquanto fazia a limpeza, os seus olhos brilharam, pois passou-lhe pela cabeça, algo de proibitivo.
É que no Gabinete do Comandante existia um quadro com luzes vermelhas, era o quadro de alarme, ora o SOLD Ramos, sem pensar duas vezes, accionou o interruptor...

Apesar de o ter desligado de imediato, resultou que o alarme da Unidade, para ataque eminente soou estrondosamente.
Iniciou-se um alvoroço tal, que toda a Unidade tomou posição de combate, todos acreditaram que a Base iria sofrer um ataque do inimigo.

Passado algum tempo e como ninguém atacava, a pouco e pouco, os músculos do pessoal foram descontraindo, até que o Oficial de Operações apareceu no Gabinete do Comandante.

O SOLD/PA Ramos, totalmente descontraído, perguntou o que se passava.
O Oficial de Operações perguntou-lhe então se ele tinha accionado o alarme, claro que o SOLD Ramos lhe disse que não sabia, mas que tinha andado a limpar aquela zona do gabinete e se ele o tinha feito, nem tinha dado por isso.
Foi-lhe logo ali prometida uma "porrada" da qual nunca mais se iria esquecer.
O SOLD Ramos, ficou aflito e à espera do pior.

Quando o Comandante regressou, voltou a dizer que se tinha accionado o alarme tinha sido sem querer e sem dar por isso.
Pensa o SOLD Ramos que o Comandante não acreditou, mas ele disse-lhe para não se preocupar pois tinha sido um excelente exercício inopinado e resultara muito bem, para treino do pessoal.

Sem ser punido, pois o Comandante intercedeu mais uma vez, ficou tudo em águas de bacalhau.