HISTORIAL DA EPA/BA1

12-03-2010 13:35

 

HISTORIAL DA ESQUADRA DE POLÍCIA AÉREA DA BASE AÉREA Nº1 

  

 BREVE RESENHA HISTÓRICA DA EPA

A existência de elementos ligados à segurança no aeródromo militar de Sintra, remonta aos seus primeiros anos de existência.

Com efeito, através da ordem nº244 da BaseAérea nº1, de 30OUT1939, curiosamente aquela que transcreve o Decreto nº29957, que refere que a Base de Sintra se passe a denominar por Base Aérea nº.1, nas nomeações do pessoal de serviço para 31OUT39, consta uma Guarda de Polícia constituída pelos seguintes elementos:

 

            “2º sargento Correia; 1º cabo nº 115/E; soldado corneteiro nº 156/39; 03 soldados plantões e 21 soldados de reforço”. (ver figura).

 

Com o estabelecimento da Força Aérea, como ramo independente das Forças Armadas em 1952, deu-se uma evolução na organização passando inicialmente a Segurança da Base a estar dependente de uma Companhia de Polícia Aérea, que posteriormente se passou a designar por Esquadrilha de Polícia e Defesa Próxima, directamente dependente da Esquadra de Pessoal. A partir de 1980, após a implementação do RFA 305-1, a então Esquadrilha de Polícia e Defesa Próxima passou a designar-se por Esquadra de Polícia Aérea, dependendo do Grupo de Apoio, situação que se tem mantido ate aos dias de hoje. 

  

          OS Nº244 de 30OUT1939

 

          Sobressaiu nesta Esquadra a constituição de um pelotão auto-comandado, de 1979 a 1982, formado por elementos da Polícia Aérea, que através de demonstrações de ordem unida participaram em inúmeros eventos, não só comemorativos do dia da Base Aérea Nº.1, mas também em aniversários da Força Aérea Portuguesa, comemorados em diversas cidades do país.

Foi este pelotão sempre alvo de rasgados elogios e louvores como é atestado em diversas ordens de serviço da Unidade, podendo-se, apenas e a titulo de exemplo, referenciar a O.S. Nº.93 da BA1 de 16MAI79, que louva colectivamente os seus elementos, registando “a forma brilhante como se apresentaram nas cerimónias do Dia da Unidade, contribuindo de forma distinta para o prestígio da Base Aérea Nº.1 e para o prestígio da Força Aérea.” 

 

                                                                                 Pelotão auto-comandado da BA1

 

            Nesse mesmo ano e após exibições do referido pelotão na AEROFIL/79, consta, na O.S. Nº.157 da BA1 de 17AGO79, a transcrição da nota nº.38/79 do COFA, onde é atestado “o brilhantismo, aprumo e entrega patenteados pelo pelotão de polícia aérea dessa Unidade que se exibiu na Aerofil/79”.

Actualmente, a EPA está organizada conforme determinado no RFA 305-1 (B). Constituída por um Oficial de Operações, uma Esquadrilha de Prontidão Operacional, um Sector de Identificação e Controlo, um Sector de Material e Equipamento, um Sector de Armamento e Armazém de Material de Guerra, uma Secção Cinófila e as Unidades de Intervenção. O Comando da Esquadra deverá ser exercido por um Tenente-Coronel ou um Major da Polícia Aérea e depende hierarquicamente do Comandante do Grupo de Apoio.

 

A Esquadra de Polícia Aérea ostenta como seu Lema:

“ A Primeira Entre As Iguais”.

do Latim: “Primus Inter Pares”

Este trabalho de pesquisa foi desenvolvido a partir de uma resenha histórica elaborada pelo CAP/PA Carlos Jorge, antigo CMDT da EPA (hoje TCOR/PA)

  MISSÃO DA EPA DA BA1

A Esquadra de Polícia Aérea tem como missão garantir a prontidão dos meios necessários à segurança e defesa imediata dos meios humanos e materiais das unidades sedeadas no Complexo Militar de Sintra, com vista a assegurar a sua integral capacidade operacional.

 

 

DESCRIÇÃO HERÁLDICA DA FLÂMULA E DIVISA DA ESQUADRA DE POLÍCIA AÉREA DA BASE AÉREA Nº1

 Flâmula da EPA da BA1

DESCRIÇÃO: De negro, banda de vermelho perfilada de prata acompanhada de três espadas do mesmo com pontas para cima em um e dois. Carregado de um castelo de prata com frestas e porta de prata, como clara alusão a Sintra.

A passarola representa a actividade do voo e constitui homenagem ao primeiro Português que tentou voar; a passarola figurou sempre em todos os símbolos heráldicos da Base Aérea nº 1.

As espadas simbolizam a defesa.

 

SIMBOLOGIA:     - A PRATA representa a fidelidade a princípios e humildade posta no cumprimento da missão;

                          - O VERMELHO, o ardor bélico;

                          - O NEGRO simboliza a a honestidade e firmeza.

                       

DIVISA: No brasão de Armas da EPA, num listel de branco, a letras de estilo elzevir, maiúsculas, de negro, figura a divisa da Esquadra de Polícia Aérea:

«A PRIMEIRA ENTRE AS IGUAIS»

Do Latim: «PRIMUS INTER PARES»

 

COMANDANTES DA ESQUADRA DE POLÍCIA AÉREA

ABR1979  a    AGO1982      CAP/PA – ORLINDO AFONSO JANELA

AGO1982 a    SET1991       TEN/PA –  JORGE AUGUSTO FRAGA MARTINS MAIO

SET1991   a    FEV1994       CAP/PA – PAULO ALEXANDRE LUCAS DE ALMEIDA

FEV1994   a    JUL1995       CAP/PA – JOÃO CARLOS CHAMBEL GERVÁSIO

AGO1995  a    MAR1997     MAJ/PA – FERNANDO MARQUES DO NASCIMENTO RIJO

MAR1997 a    SET2001       MAJ/PA – MÁRIO MANUEL SANTOS FIGUEIREDO

SET2001    a    JUL2004      MAJ/PA – CARLOS FERNANDO DE ARAÚJO JORGE

JUL2004    a    JAN2007      MAJ/PA – JOÃO EDUARDO DE MOURA BARATA RODRIGUES DA COSTA AFONSO

JAN2007   a    DEZ2007      MAJ/PA – ANTÓNIO FERNANDO MARTINS DA CUNHA

DEZ2007   a    FEV2008     TEN/PA – SÉRGIO RAFAEL SOARES AGOSTINHO

MAR2008 a    ABR2008      TCOR/TABST – ANTÓNIO RAMOS

ABR2008 a     JUL2008      MAJ/PA – JORGE MANUEL DE OLIVEIRA FREIRE

JUL2008 a      ......            MAJ/PA – FRANCISCO JOSÉ ALVES MENDONÇA

 

 

MEMÓRIAS – ÀLBUM DE FOTOS DA EPA

                                                             

 

 

  

IN MEMORIUM

 CAP/PA Orlindo Janela

 

TEN/PA João Capeto (falecido em Março de 1991)

 

   

MAJ/PA CUNHA (faleceu a 21NOV08)

 

 

 

ACTIVIDADES DA EPA NA BA1

Seguem-se algumas fotografias de eventos recentemente efectuados na Base:

  Investidura das Insígnias da Ordem Militar da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito à Base Aérea nº1, pelo Presidente da República – Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva

 

Dia da Força Aérea – 57ª Aniversário

 

Demonstração Cinotécnica

 

 

 

BREVE RESENHA HISTÓRICA DA BA1

A Granja do Marquês no passado

Habituados a remontar às mais antigas origens do povoamento do nosso País, já não nos surpreende o aparecimento de um qualquer testemunho palpável que consiga destrinçar, depurando-a, a lenda fácil da verdade histórica.

Raras são as povoações portuguesas a que os nossos solícitos corógrafos não tenham atribuído uma fundação dos mais arcaicos povoadores.

A Granja do Marquês, ubérrimo solo que ao longo dos tempos foi alimentando populações diversificadas, desde muito cedo que se supunha aproveitada e ocupada e, a atestá-lo, foi descoberta em 1880 uma sepultura da Idade Neolítica, encontrada na mesma Granja.

Podemos afirmar que, dois mil anos antes de Cristo vir ao mundo, já nos terrenos da actual Base Aérea Nº 1, se prestava um culto aos mortos, iniciador duma devoção que, pelos séculos fora, dignificaria o homem, colocando-o definitivamente num lugar muito destacado das espécies criadas e apelidando-o de único animal religioso. Embora não restem vestígios destacados, sabe-se que durante a dominação romana estes ricos solos foram explorados e aproveitados bem como durante toda a longa permanência árabe.

 

BASE AÉREA Nº1 – Da fundação de Portugal à Base mais antiga da FAP

            Quando a vila de Sintra foi, finalmente, incorporada por D. Afonso Henriques no Reino de Portugal, os terrenos actualmente pertencentes à Base mais antiga da Força Aérea Portuguesa (FAP), foram doados aos Templários na pessoa de Gualdim Pais. Com a extinção da Ordem Militar dos Cavaleiros do Templo, em pleno século XIV, passou para a venerável Ordem de Cristo. Em pleno século XVII, e segundo a lenda piedosa, a virgem de Nazaré aparecendo nesta propriedade, determinou a mudança de nome para Granja da Nazaré.

            Então, nesta vasta e magnífica propriedade, começou a ser construída por Jâcome de Loureiro, seu proprietário, uma bela ermida à mesma Virgem da Nazaré, que o avô do primeiro Marquês de Pombal, que entretanto adquirira esta quinta, acabaria de construir em 1701. Passaria inclusivamente a chamar-se Granja do Marquês por ter pertencido ao ilustre Primeiro-ministro de D. José. Em 1862, a Família do Marquês de Pombal arrendou a referida Granja para nela ser estabelecida a Quinta Regional de Cintra, primeira em Portugal de uma agricultura e zootecnia cientificamente elaboradas, posteriormente transferida no ano de 1887 para as proximidades de Coimbra com o nome de "Escola Prática Central de Agricultura". Datam desta época grande parte dos melhoramentos efectuados, tanto no Palácio de habitação como nos alojamentos dos empregados, incluindo também os celeiros.

            Quem pode hoje imaginar que o actual edifício do Comando tenha sido um estábulo de criação de potros e que o edifício onde se encontra o Gabinete do Oficial de Dia e a Esquadra de Polícia Aérea (EPA) tenha servido de estábulo de vacas de trabalho e de produção leiteira. Quem poderá ainda imaginar que o primeiro observatório meteorológico da então Quinta Regional de Cintra, se situava na bem lançada torre da actual Capela de Nossa Senhora do Ar. Quem ainda hoje não fica extasiado com a magnifica obra de engenharia constituída pelo aqueduto que, desde as nascentes de Morelena, transportava a água até ao tanque de rega, hoje transformado em piscina.

        Em 1920 D. Amália de Carvalho, descendente do primeiro Marquês de Pombal, foi instada a vender a referida Granja a um grupo de Oficiais que se propôs transformar esta propriedade rural. Dificilmente se acreditaria nas maravilhas que estes, a breve trecho, operariam a ponto de passados apenas uns meses, a imagem patenteada ao grande público era a de um alfobre dos primeiros e intrépidos vencedores do espaço aéreo português.

            Entramos, definitivamente, numa nova era de utilização da Granja do Marquês. Nasce assim a Base mais antiga da FAP.

 

BASE AÉREA Nº1 – “Base Aérea primeira” na Granja do Marquês – “Berço da Aeronáutica Militar Portuguesa”

As origens da Base Aérea de Sintra remontam a 1914, após promulgação pelo Presidente da República Manuel de Arriaga, a 14 de Maio, da lei que cria a Escola Militar de Aviação, com base em estudos efectuados pelo Aero Club de Portugal.

Esta escola, inicialmente construída em 1915 em Vila Nova da Rainha, foi transferida para a Granja do Marquês em 05 de Fevereiro de 1920. Posteriormente, em 1928, viu o seu nome alterado para Escola Militar de Aeronáutica, até à sua extinção em Outubro de 1939, altura em que passa a designar-se por Base Aérea Nº1 (O.S. da BA1 n º244 de 30OUT39).

Foi, portanto, na Granja do Marquês (Base Aérea Nº1, a partir de 1939) que durante longos anos se formaram os pilotos e especialistas da Força Aérea, mantendo-se a BA1 vocacionada para a formação de pilotos, através da utilização das aeronaves Chipmunk da Academia da Força Aérea e dos Épsilon-TB 30 da Esquadra 101. Esta esquadra foi criada em 1989, após a extinção da Esquadra 102 de Instrução Básica de Pilotagem (T-37), onde se formaram várias gerações de pilotos da Força Aérea e cuja patrulha acrobática "Asas de Portugal" tão condignamente a representou.

Actualmente, na área da BA1 existem ainda as instalações da Academia da Força Aérea e o Museu do Ar.

 

(Trabalho de pesquisa efectuado pelo MAJ/PA Mendonça - CMDT da EPA da BA1)

 

MISSÃO ACTUAL DA BA1

 

A Base Aérea Nº 1 tem por missão:

·     Garantir a prontidão das unidades aéreas que lhe forem atribuídas;

·     Garantir a exploração dos serviços de aeródromo;

·     Garantir o apoio logístico e administrativo à Academia da Força Aérea e Museu do Ar; 

 ·     Garantir a segurança militar e a defesa imediata do Complexo de Sintra.

 

 

CURIOSIDADES (retiradas da revista Segurança e Prontidão nº3/OUT86):

        - A EPA/BA1 é responsável pela segurança de todo o Complexo militar que é constituído pela BA 1, Museu do AR e Academia da Força Aérea.

        - Na década de sessenta a Esquadrilha de Polícia e Defesa Próxima(E.P.D.P.) era constituída por pessoal oriundo do Serviço Geral sub-especializado em “Polícia e Defesa Próxima”.

        - Até finais de 1979 a segurança e defesa de todo o perímetro do Complexo era repartida entre a EPDP e a Companhia de Caçadores Pára-Quedistas nº111.

        - Quando esta Companhia foi transferida para Monsanto a recém formada EPA foi ocupar os alojamentos daquela.

        - Nesta altura a antiga casa da Guarda, junto à Porta de Armas sofreu diversas obras passando a ser o edifício principal da Esquadra.

        - O pelotão auto-comandado foi alcunhado de “Botas de Portugal”.

        - A Flâmula da EPA teve uma evolução, relativamente a SET87, passou a ostentar a Passarola de Bartolomeu de Gusmão.

 

MELHORAMENTOS NAS INSTALAÇÕES DA EPA

Ao longo dos tempos tem-se vindo a verificar a constante e progressiva degradação dos antigos Alojamentos das Praças da EPA. Para tal facto, contribuiu a relativa exiguidade dos alojamentos de praças masculinos, acrescido da evidência do facto do edifício onde estão albergados, ser bastante antigo e com problemas prementes nas redes de abastecimento de água e vapor (fugas de água). Contudo em 24FEV2010, tudo isto se alterou com a ocorrência de outro facto igualmente memorável:

- A completa reestruturação dos Alojamentos PA, onde foram efectuadas obras de restauro, culminando com a reinstalação das nossas praças, que dispõem agora de um alojamento moderno e condigno.

 

 

 

  

Agradece-se ao Sr. MAJ PA Mendonça, actual Comandante de Esquadra, este artigo dedicado à Esquadra PA da Base Aérea Nº 1

Obs: Faltam os Comandantes da EPDP e anteriores, porque a pesquisa ainda não está completa.  

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